Fiscalização de
Softwares em Pará de Minas
27
de Agosto de 2002
Desde o início
do mês de agosto, A ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software – e a
BSA – Business Software Alliance – estão enviando cartas a algumas empresas
paraminenses solicitando a regularização dos softwares utilizados em seus
computadores.
As cartas são
dirigidas aos proprietários das empresas, informando-os que a não regularização
pode acarretar em multas de até 3.000 vezes o valor de cada programa pirata
instalado em cada computador da empresa, além de penas que podem variar de seis
meses a dois anos de detenção.
De uma forma
geral, a ABES passa a fiscalizar as empresas através de denúncias realizadas por
concorrentes, clientes insatisfeitos e ex-funcionários, tendo esta última a
maior incidência de casos de acordo com números da própria ABES. A denúncia
também pode partir de uma empresa de informática. Infelizmente, a Microsoft,
durante suas palestras, numa ação totalmente anti-ética, incentiva seus
revendedores a denunciarem seus próprios clientes que têm software pirata,
alegando que, quando este estiver em apuros, vai lhe procurar para adquirir o
software original. Por ser uma atitude imoral e inescrupulosa de quem só pensa
em dinheiro, acho que podemos desconsiderar esta última hipótese.
Alguns
empresários ainda desconhecem que é necessário adquirir uma cópia de cada
programa utilizado para cada computador existente na empresa. Nenhum cidadão
brasileiro pode escapar da justiça alegando desconhecimento da lei. E, de acordo
com a lei brasileira, cabe ao empresário responder por quaisquer irregularidades
que ocorram na companhia, inclusive as praticadas por seus funcionários.
Se
uma empresa utiliza apenas o Windows, Word e Excel em 5 computadores, por
exemplo, ela precisa ter pelo menos 5 cópias do Microsoft Windows
(aproximadamente R$ 380,00 cada) e 5 cópias da suíte Microsoft Office Small
Business Edition (aproximadamente R$ 550,00 cada), o que dá um total de R$
4.650,00 para as versões OEM desses programas. As versões OEM são versões com
quase 50% de desconto para quem está adquirindo o software com um computador
novo ou juntamente com componentes para computadores. Na compra avulsa dos
softwares o valor é ainda maior.
É
importante que cada empresa verifique quais programas estão instalados em cada
máquina e checar se todos eles são originais incluindo-se aí os anti-vírus,
compactadores de arquivos, programas gráficos e até mesmo os jogos.
A ABES e a BSA não estão indo atrás apenas de grandes empresas. Várias empresas
paulistas que tinham apenas um computador foram fiscalizadas e estão sofrendo
processos na justiça.
Quem lucra com isto é a Microsoft, empresa responsável pelas maiores doações de
capital à ABES. A Microsoft obriga suas revendas a repassar 4,15% do valor total
da venda de softwares (no caso de faturamento direto) à Microsoft para cobrir os
custos das contribuições para as campanhas de antipirataria da ABES. Alarmando
as empresas com a possível fiscalização, há uma grande procura dos empresários
pela compra de softwares originais para regularizar a situação da sua empresa.
Mas, esta não é a única forma de regularizar o uso de softwares nas empresas.
Existem, hoje em dia, diversos programas de uso gratuito para computadores. Um
dos mais conhecidos é o Linux, sistema operacional concorrente do Windows.
Porém, não mantém total compatibilidade com os softwares já desenvolvidos para a
arquitetura Windows, sendo aconselhado o seu uso apenas em empresas que não
possuam softwares específicos, desenvolvidos para a arquitetura Windows como
Controle de Estoque, de Clientes, Contas a Pagar, a Receber, Controle de Caixa,
etc. Pois, praticamente 100% desses programas foram desenvolvidos para Windows
(ou DOS) e não funcionam no sistema gratuito Linux.
Muitas empresas estão comprando o
Windows original e adquirindo os demais softwares gratuitos como editores de
texto, planilhas eletrônicas, anti-vírus, compactadores de arquivos, etc. Vários
destes programas gratuitos são encontrados dentro de CDs de revistas
especializadas de informática ou na Internet.
A suíte de programas StarOffice 5.2
da Sun Microsystems fornece praticamente todos os recursos utilizados pela
maioria dos usuários do Microsoft Office. O StarOffice é composto por
processador de textos,
planilha eletrônica, gerador de apresentações gráficas, gerenciador de banco de
dados, editor gráfico, editor de efeitos especiais em fotografias e gerenciador
de tarefas administrativas; tudo na língua portuguesa e de graça! Observação:
esta suíte já está na versão 6.0 (US$ 75,95) e não pode ser mais baixada
gratuitamente pela Internet. A versão 5.2 ainda pode ser adquirida em CDs
gratuitos que vêm em algumas revistas especializadas de informática. Quem quiser
adquiri-la na versão em português, via Internet, ao custo de 9,95 dólares, basta
se cadastrar no site
http://jsecom16c.sun.com/ECom/EComActionServlet?StoreId=1&PartDetailId=STRI9-52A-99AM&LMLoadBalanced
e realizar a compra.
Há também o novo OpenOffice 1.0 que
possui o código semelhante ao StarOffice 6.0 e pode ser baixado gratuitamente da
Internet no endereço
http://planetmirror.com/pub/openoffice/contrib/1.0.0/.
O OpenOffice em português é encontrado no arquivo
Win32Intel_install_pt.zip (48,9M) da
mesma página.
Quem não quer comprar um anti-vírus
pode acessar o site
www.grisoft.com e baixar
gratuitamente, para utilização em um computador, o AVG AntiVirus (5,1M) que faz
atualizações automáticas on-line para procurar pelos novos vírus criados. Pois,
hoje em dia, são criados cerca de 500 novos vírus por mês no mundo! Para
utilização em mais de um micro é necessário adquirir as licenças que variam de
US$ 10,80 (valor unitário para 100 licenças) a US$ 31,50 (valor unitário para 2
licenças). Agora, se a empresa deseja pagar pela segurança dos seus dados usando
um anti-vírus premiado internacionalmente pode adquirir o VirusScan 7.0 (41,1M)
da McAffee, com Firewall embutido (programa que protege o micro contra invasão
de computadores via Internet) por US$ 49,99 no site
www.mcafee.com.
Já no caso dos compactadores/descompactadores
de arquivos, seria impossível imaginarmos viver sem o WinZip não fosse a
existência do FreeZip (259K), programa que utiliza o mesmo código de compactação
do WinZip porém, como o próprio nome já diz, é grátis, podendo ser baixado no
endereço
http://pcworld.terra.com.br/pcw/fileworld/index_descricao?id_form=953.
No mês
passado, alguns dos empresários que tinham recebido a correspondência da ABES/BSA
começaram a receber também telefonemas destas sendo questionados se a situação
já estava regularizada. Tais entidades não revelam qual será a próxima ação.
Pode ser que o próximo passo seja uma visita a cada uma dessas empresas e,
talvez, a outros estabelecimentos da cidade. Portanto, se você utiliza software
pirata, procure regularizar a sua situação comprando os produtos originais ou
adquirindo programas gratuitos, seguindo as dicas acima.
Maiores esclarecimentos sobre
pirataria de programas podem ser obtidos no site
www.microsoft.com/brasil/parceiros/licenciamento/ap
da Microsoft ou no site
www.abes.org.br,
link
AntiPirataria,
da ABES. Informe-se.
Logos e Banners de Antipirataria
André Basílio é Diretor, Analista de Sistemas e Supervisor de Ensino da AB INFORMÁTICA.